A História do chupa-cabras em Paraibuna
Foi no ano de 1969, meu amigo João Batista resolveu ir embora para São Paulo, foi tentar a sorte como diziam, ele não percebia que a maior sorte, era morar em Paraibuna, e mais precisamente no querido Ribeirão Branco.
- Por Rogério
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Esta matéria foi escrita por João Rural em Memórias de Paraibuna – Zé Borracha – Cadernos culturais 2.
De minha infância, no meu querido Ribeirão Branco, tenho belas recordações, fatos importantes que marcaram minha vida.
Existem também fatos engraçados que aconteceram, como este que agora eu vou contar.
Foi no ano de 1969, meu amigo João Batista resolveu ir embora para São Paulo, foi tentar a sorte como diziam, ele não percebia que a maior sorte, era morar em Paraibuna, e mais precisamente no querido Ribeirão Branco.
Muito bem, João foi embora, voltando somente um ano depois. Mas, não era mais o mesmo. Antes era quieto, ranhento, agora tinha se transformado. Já não se vestia como nós, andava na moda, usava óculos escuros, calça boca de sino, jaqueta com gola de pele, rádio portátil, e ainda por cima só falava gíria.
Contava as façanhas vividas na cidade grande e sempre dizia que era formado em Ufologia. Por várias vezes pensei em perguntar, o que era aquilo, mas achei melhor ficar quieto. Depois de muito falar e ninguém perguntar ele resolveu dar explicações.
Ufologia, é um estudo avançado sobre ser extraterrena, criatura de outro planeta. Eu, por exemplo, já terminei a parte teórica, agora falta à parte prática.
Preciso encontrar um ser extra-terrestre, para manter contato com ele, e saber como vivem, e qual a diferença de nós seres humanos.
Como quem procura encontra, um dia ele encontrou, ou pelo menos, pensou que tivesse encontrado.

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Um domingo a tarde fomos jogar bola no bairro vizinho, estávamos em 15 pessoas no grupo, quando o João pressentiu algo estranho.
Na curva da estrada, a mais ou menos uns 100 metros, estava uma estranha criatura, media mais ou menos 1,20 m, bastante peludo, com grande cabeleira e duas orelhas de fazer inveja ao lobo.
Ficamos parados com medo daquilo, mas o João Batista, não podia perder a tão sonhada oportunidade, aproximou-se para tentar um diálogo, como sempre dizia, tentar manter um contato. Ele estava a uns 20 metros, daquilo que também podia ser o chupa cabra, e então escutamos o João falando:
– João Batista, terráqueo, formado em Ufologia, querendo manter um contato.
Ele só obteve o silêncio como resposta. Vimos quando ele aproximou-se mais e repetiu a mesma papagaiada:
– João Batista, terráqueo, formado em Ufologia, querendo manter um contato.
A criatura continuava imóvel sem nada responder. Fomos criando coragem e se aproximando daquela cena inusitada.
O João já perdendo a linha com a estranha figura, colocou a boca bem perto da enorme orelha e repetiu quase aos berros:
– João Batista, terráqueo, formado em Ufologia, querendo manter um contato.
Desta vez ele obteve resposta:
– Zé Severino, nordestino, motorista de caminhão, querendo cagá sossegado.
Texto original de João Rural (1951-2015), http://www.chaocaipira.org.br
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Tags: chupa-cabra lenda do chupa cabra historia do chupa cabra
Sobre o autor
Rogério
@rogeriogolob
Meu nome é Rogério Golob, sou criador do site Guia Vale do Paraíba. Sou apaixonado por natureza, fotografia e vídeos, e gosto de compartilhar minhas experiências e dicas dos lugares que visito. Minha missão com este projeto é inspirar outros viajantes a explorarem diferentes lugares da região.
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